quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A PARÁBOLA DA CAIXINHA MÁGICA

Certa vez um granjeiro foi pedir a um sábio que ele o ajudasse a melhorar sua granja, que tinha baixo rendimento. O sábio escreveu algo em um pedaço de papel e colocou numa caixa. Ao entregá-la ao granjeiro, disse: - Leva esta caixa por todos os lados de sua granja, três vezes ao dia, durante um ano. Assim fez o granjeiro! Pela manhã, ao ir ao campo, levando a caixa consigo, encontrou um empregado dormindo, quando este deveria estar trabalhando. Acordou-o e chamou sua atenção. Ao meio-dia, quando foi ao estábulo, encontrou o gado sujo e os cavalos ainda sem sua alimentação. De noite, indo para a cozinha com a caixa, deu-se conta de que o cozinheiro estava desperdiçando os alimentos. A partir daí, todos os dias, ao percorrer sua granja de um lado para outro com seu amuleto, encontrava coisas que deveriam ser corrigidas. Ao final do ano voltou a encontrar o sábio e lhe disse: - Deixe esta caixa comigo por mais um ano. Minha granja melhorou muito seu rendimento desde que estou com o amuleto. O sábio riu, e abrindo a caixa, disse: - Podes ter este “amuleto” pelo resto da sua vida. O granjeiro leu o papel que havia na caixinha, onde estava escrita a seguinte frase: “Se queres que as coisas melhorem, deves acompanhá-las de perto constantemente.” Não podemos abrir mão da nossa responsabilidade, que é cuidar de tudo aquilo que desejamos realizar em nossa vida! Por isso você vai cuidar muito bem da sua “caixinha mágica”, a partir de hoje, se é que já não está cuidando dela. Mas infelizmente, algumas vezes acabamos deixando que outras pessoas influenciem ou atrapalhem nossos planos. Tenha a certeza de que a partir de hoje, você vai pegar sua caixinha mágica, dar voltas pela sua granja (vida, empresa), procurar corrigir o que tem que ser corrigido, chamar atenção de quem precisa ser chamado. Jamais devemos deixar de “cuidar” de nós mesmos. Nossa vida é uma instituição que dela fazem parte muitos sócios.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O REINO DE DEUS ESTÁ EM VÓS

Somos todos irmãos, e, no entanto, a cada manhã, este irmão ou esta irmã fazem para mim os serviços que não desejo fazer. Somos todos irmãos — e no entanto preciso a cada dia de charuto, de açúcar, de espelho e de outros objetos em cuja fabricação meus irmãos e minhas irmãs, que são meus semelhantes, sacrificaram e sacrificam sua saúde; e sirvo-me destes objetos, e até os reclamo como meu direito.Somos todos irmãos — e no entanto ganho a vida trabalhando num banco, ou numa casa de comércio, num estabelecimento cujo resultado é tornar mais custosas todas as mercadorias necessárias a meus irmãos. Somos todos irmãos — e no entanto vivo e sou pago para interrogar, julgar e condenar o ladrão e a prostituta, cuja existência resulta de todo meu modo de viver e a quem não se deve, como sei, condenar ou punir. Somos todos irmãos — e vivo e sou pago para recolher impostos dos trabalhadores carentes e empregá-los para o bem-estar dos ociosos e dos ricos. Somos todos irmãos — e sou pago para pregar aos homens uma suposta fé cristã, na qual eu mesmo não creio, e que os impede de conhecer a verdadeira fé; recebo salário como padre, como bispo, para enganar os homens nas questões, para eles, mais essenciais.Somos todos irmãos — mas não forneço ao pobre senão por dinheiro meu trabalho de pedagogo, de médico, de literato. Somos todos irmãos — e eu me preparo para o assassinato; aprendendo a assassinar, fabrico armas, pólvora, construo fortalezas e por isso sou pago. (Leon Tolstoi)

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

ABRAÇO GG

Minha amiga trabalha em um brechó de um hospital, como voluntária. Certo dia adentrou na loja uma certa senhora bastante obesa, e de cara a minha amiga pensou que não tinha nada na loja na numeração dela. Sentiu-se apreensiva e constrangida naquela situação, vendo a senhora percorrer as araras em busca de algo que minha amiga sabia que ela não encontraria. Ficou angustiada, porque não queria que a senhora se sentisse mal pelo tamanho das peças de roupas, se sentindo excluída e fazendo a questão sobre o seu sobrepeso vir à tona de forma implícita. Naquele momento, minha amiga orou a Deus e pediu que lhe desse sabedoria para conduzir a situação evitando que a cliente se sentisse excluída ou humilhada na sua autoestima. Foi quando o esperado aconteceu. A senhora se dirigiu à minha amiga e disse tristinha: “É.. não tem nada grande, não é? E a minha amiga, sem até aquele momento saber o que diria, simplesmente abriu os braços de uma ponta a outra e lhe respondeu: “Quem disse??? Claro que tem!! Olha só o tamanho desse abraço! E a abraçou com muito carinho. A senhora então se entregou àquele abraço acolhedor e deixou-se tomar pelas lágrimas exclamando: “Há quanto tempo que ninguém me dava um abraço.” E chorando, tal qual uma criança a procura de um colo, disse-lhe: “Não encontrei o que vim buscar, mas encontrei muito mais do que procurava". E, naquele momento, através dos braços calorosos de minha amiga, Deus afagou a alma daquela criatura, tão carente de amor e de carinho. Quantas almas não se encontram também tão necessitadas de um simples abraço, de uma palavra de carinho, de um gesto de amor. Será que dentro de nós, se procurarmos no nosso baú, lá nas prateleiras da nossa alma, no estoque do nosso coração, também não acharemos algo “grande” que sirva para alguém? Pensemos nisso, Meus queridos! Abraços até de repente

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Cuidar do Ser

Onde há cuidado, aí desabrocha a vida humana, autenticamente humana. Onde esta ausente, aparece a rudeza,o descaso e toda sorte de ameaças à vida. Importa cultiva o cuidado como precondição essencial para a vida sob qualquer uma de suas formas. Cuidado para com o corpo: -na alimentação, para que não haja apenas nutrição, mas comunhão com os elementos, -com o ar que respiramos, -com a àgua que bebemos, -com as roupas que vestimos, -com as energias que vitalizam nossa corporalidade. Cuidado para com a nossa mente, especialmente para com os heróis e heroínas, deuses e deusas que nos habitam. Eles formam os valores que orientam nossa vida e aqueles arquétipos solares e sombrios que plasmam nosso caminho para o bem ou para o mal. Cuida especial para com aquela energia vulcânica que atormente e realiza a mente: - o desejo. Somos seres de seres-de-desejo. O desejo possui uma dinâmica ilimitada e infinita. Não desejamos apenas isso e aqui. Desejamos tudo e todo. Desejamos o Absoluto. Importa orientar o desejo para que, ao concretizar-se em mil objetos, não perca o obscuro e permanente objeto de sua busca, consciente ou inconsciente:o Ser, Deus, o acolhedor Útero Divino. Por fim importa cuidar do espírito. O espírito é aquela dimensão da consciência pela qual a pessoa se sente ligada ao todo e religada à Fonte originante. O espírito continuamente projeta visões de totalidade e de unidade. Cutivar o espírito significa cuidar do Serm manter viva a memória bem aventurada de sua presença em todas as coisas. Cuidar do espírito é estar sempre atento e ouvir e ouvir as mensagens que vêm de todos os lados. As coisas não são apenas coisas. Elas representam valores que fascinam. As coisas são símbolos de outra Realidade. Por isso falam e anunciam esta Realidade suprema. Ela não é um abismo aterrador. Mas um foco irradiador de sentido. Um amor que em tudo penetra e resplende. Que move o céu e todas as estrelas, como dizia Dante Alighieri, o maior poeta da Itália, fundador da atual língua Italiana. O cuidar do Ser se transforma, então, num amar o Ser. Entrar em comunhão com Ele. Tornar-se um com Ele. Cuidar do Ser significa continuamente fazer o esforço de passar do Deus que temos nas espiritualidades, nas religiões e nos discursos institucionais do sentido, para o Deus que somos na nossa radical profundidade. Lá onde tudo se encontra, se realiza e por isso se faz uno, diverso convergente e irradiante de vida - Aguia e a Galinha Leonard Boff.